Sabe o que a Apple, a Shell, o Google, a Pepsico tem em comum, além de serem poderosas e riquíssimas multinacionais? Todas têm uma políticas, programas e cultura de filantropia.

É assim que elas ajudam as comunidades, apóiam pesquisas, incentivam a educação, melhoram os sistemas de saúde e ajudam a transformar a vida das pessoas e do planeta.

Além do dinheiro destinado a doações, essas organizações também são conhecidas por estimular a contribuição dos funcionários em programas de caridade, inclusive doando seu tempo para programas de voluntariado.

No Google, a filantropia tem uma área especial dentro da empresa: é o Google.Org, cuja CEO, Sundar Pichai, anunciou recentemente várias maneiras da empresa criar mais oportunidades para todos, incluindo uma meta de cinco anos para conceder US $ 1 bilhão em subsídios e 1 milhão de horas de voluntariado de funcionários.

A política corporativa de doações da Apple inclui doações feitas pelos funcionários, seja em dinheiro ou tempo. Em 2018, a Apple declarou que o total de doações ultrapassou US $ 125 milhões, com mais de 250.000 horas de trabalho voluntário.

Se a cultura de filantropia na Apple é forte, vale lembrar que nem sempre foi assim. Na época de Steve Jobs as doações para caridade não eram significativas – pelo menos de forma pública. Só com a chegada do CEO TIM Cook, em 2011, a empresa lançou programas e iniciativas de doações volumosas.

Segundo artigo que saiu no DCI (Diário do Comércio, Indústria e Serviços), “somos a nona economia mundial e o oitavo país em número de bilionários, mas na edição de 2017 do Índice de Doações Mundiais publicado pela Charities Aid Foundation (CAF) ocupamos só o 75º lugar. A cultura de doação no Brasil é ainda incipiente. O termo filantropia é muitas vezes associado a ações assistencialistas. Os autores destacam que os brasileiros preferem falar em investimento social privado, expressão que ganhou força na década de 1990. Outra característica é que a filantropia é majoritariamente empresarial. No Brasil, não há tanto o ato da doação, predominando as organizações que realizam seus próprios projetos.”

Na MCM, a cultura de filantropia começou desde o nascimento da empresa, quando a fundadora Marcela Huertas instituiu uma doação equivalente a 5% do faturamento para Instituições focadas na cura e bem estar de crianças e jovens diagnosticados com câncer, como o Hospital do Câncer Infanto Juvenil- Graacc em SP e a Casa Ronald Mc Donalds Moema, que hospeda em São Paulo crianças e acompanhantes para que tenham estrutura, bem estar e não abandonem o tratamento no Graacc.

Além disso, Marcela Huertas também contribui doando seu tempo ao Graacc, atuando diretamente na instituição durante algumas horas por mês. Na Casa Ronald, que acolhe os pacientes e familiares do Graacc, ela contribui com a captação de recursos.

Para Marcela, filantropia corporativa é uma forma de agregar valor com recursos financeiros para instituições que já são referências em seus negócios, mas precisam de capital para continuar existindo. Apesar do impacto social não estar ligado diretamente à atividade da MCM Corporate, a empresa tem a cultura da doação e o desejo de criar impactos positivos na sociedade. E isso acontece por meio de parcerias como, por exemplo, com a Casa Ronald Mc Donalds SP.

Segundo Marcela, tudo começou por causa da Campanha do McDia Feliz: “Quando vi a maior rede de fast food do mundo doar toda a venda do seu produto carro-chefe para Instituições de apoio ao câncer infantil – e essa receita da campanha ter uma enorme representatividade para as Instituições beneficiadas -, então pensei em fazer algo parecido na minha empresa. A cada visita a Casa Ronald SP eu me sinto mais motivada a ajudar essa causa, já que o câncer é a principal causa de morte infanto-juvenil no Brasil, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), e a chance de cura é de 70% quando a doença é diagnosticada e tratada precocemente. Não dá para assistirmos de braços cruzados nossas crianças e adolescentes sofrendo. A luta é para que elas tenham informação para acessar o diagnóstico, tenham condições psicológicas para enfrentar a situação e recebam tratamento adequado para a cura, da forma menos traumática.”

“Se a causa depende de dinheiro, também é necessário o apoio de pessoas dispostas a ajudar essas famílias a não desistirem diante do desafio, quando é preciso ter gente para abraçar, para desabafar, para conversar”, continua Marcela. “Busco sempre influenciar clientes, parceiros, amigos e familiares para que olhem a causa com carinho e generosidade.”

Mesmo em países ricos, onde o nível de pobreza é pequeno, a filantropia tem um papel social importante, porque conecta pessoas e empresas a causas transformadoras, criando um senso de coletividade altamente positivo.

Para CEOS ou diretores de empresas que desejam praticar a filantropia, Marcela Huertas tem uma dica: procurem uma instituição em que a contribuição possa ir além do dinheiro, criando relações de trocas de conhecimento entre as pessoas. Assim, independentemente do valor, a doação será muito mais rica e valiosa.

Posts Relacionados

FIQUE SABENDO DE NOSSAS NOVIDADES

Informações, análises e insights para quem decide!

Inscreva-se em nossa NewsLetter